domingo, 24 de abril de 2011

Feliz?!

Certa vez disseram-se "Vai, sejas feliz!" E eu pensando "Ué, mas não sou?!" Até hoje escuto a voz me mandando ser feliz e eu me indagando se não sou.
Por que tem que ter receita pra tudo? Por que a felicidade tem que ter características? Ela não pode ser apenas, e ponto?
Tô no tom, na vibe, no momento. Sempre vou estar. Algo sempre vai me fazer pensar que sou feliz. Be happy! Mas nada, nada faz as pessoas pensarem serem felizes quanto a ilusão que precisam assim estarem se sentindo pra que se satisfaçam, satisfaçam os que estão ao seu redor.
Nunca nos colocaremos em primeiro lugar, isso é coisa de livro de auto-ajuda. Nem os chamo de toscos, seria pleonasmo. Mas até que em certos- lê-se muitos- momentos eles são necessários. Parece que sempre teremos que ter alguma coisa de fora dizendo que se vivermos segundo as regras da boa conduta seremos felizes.
Mas já repararam que quem dita regras é sempre o supostamente mais triste? Ele perde muito tempo organizando receitas de felicidade pra conseguir viver sua própria vida.
Por isso não sigo receitas. Nada pronto me atraí. Eu preciso fazer parte do processo, da criação e evolução da "coisa" pra conseguir deixar ela fazer parte de mim.
Encontrei pessoas nos últimos tempos que nunca fizeram parte da minha vida mas que hoje são essenciais para minha satisfação, felicidade, prazer, seja lá como chamam o fato de elas me fazerem bem.
Sem essas pessoas talvez eu não fosse quem sou, não conseguisse realizar sonhos, desejar coisas, idealizar momentos.
Encontrar pessoas é fácil, permanecer com elas na nossa vida é complicado pra caralho. Ainda mais quando essa vida é a minha. Porque olha gente, eu sou complicada... Xiii, nem queiram saber o quanto!
Egoísta, mal humorada, chantagista, carente, tantas outras coisas. Mas sou no fundo uma boba, gosto demais, faço demais, me envolvo demais. Por diversas vezes sofro. As pessoas não estão sempre prontas pra mim, como eu por diversas vezes quero que estejam.
Aos 26 anos- velha pra caralho!- ainda não aprendi a lidar com isso. Me fodo pra caralho, essa é a verdade! Mas vivo. Vivo com intensidade! Faço- e falo- asneira, sou impulsiva, sou ansiosa. Mas não minto sentimento, não omito desejos, não finjo ser outra pessoa. Isso por vezes me ajuda, por outras me faz sofrer.
Sou quem sou, em muitas coisas preciso mudar, na maioria talvez. Mas estou mantendo os que amo por perto, isso é o que me interessa. Nem que eles estejam comigo mais por comodismo que por satisfação. Mas estão! Motivos nem sempre são necessários. Razões sempre!

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